sexta-feira, 31 de março de 2017

Desconfiado que você tem Ansiedade Generalizada? Preste atenção ao sintomas...

Os Principais Sintomas de Transtorno de Ansiedade Generalizada 


Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) pode afetá-lo fisicamente e mentalmente.

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas têm apenas um ou dois sintomas, enquanto outras têm muitos mais.
Você deve consultar o seu médico se a ansiedade está afetando sua vida diária ou está causando angústia.

Sintomas Psicológicos da Ansiedade
TAG pode causar uma mudança em seu comportamento e a forma como você pensa ou sente sobre tudo, resultando em sintomas que têm duração de 6 meses, tais como:
  • Inquietação
  • Sensação de medo constante.
  • Sentimento de estar constantemente "no limite".
  • Dificuldade de concentração.
  • Irritabilidade
Estes sintomas podem afastar a pessoa do convívio social de seus entes queridos, (ver sua família e amigos) para evitar sentimentos de preocupação e temor.
O indivíduo também pode encontrar sérias dificuldades e limitações para executar tarefas simples do cotidiano, como ir para o trabalho, podendo ser muito difícil e estressante. Estas ações podem fazer com que a pessoa se preocupe ainda mais sobre si mesmo e aumentando ainda mais a perda de auto-estima.


Os sintomas físicos da TAG
Tontura, cansaço, piscar de olhos visivelmente forte, palpitações, dores musculares e tensão, tremedeira ou agitação, boca seca, suor excessivo, falta de ar, dor de estômago, sensação de estar doente, dor de cabeça, coceira, dificuldade de iniciar ou manter o sono ( insônia ).


Gatilhos da Ansiedade
Se você está ansioso por causa de uma específica fobia ou por causa de transtorno do pânico, normalmente você vai saber o que é a causa.
Por exemplo, se você tiver claustrofobia (medo de espaços confinados) , você sabe que ficar confinado em um pequeno espaço irá desencadear a sua ansiedade.
No entanto, se você tem TAG, nem sempre será claro o motivo que faz você se sentir ansioso. Não sabendo o que desencadeia a sua ansiedade, isso pode intensificá-la e você pode começar a se preocupar ainda mais.
Caso desconfie, procure um médico Psiquiatra e faça uma consulta. Busque ajuda! <3 


quarta-feira, 29 de março de 2017

Transtornos de Ansiedade e sua relação com Depressão

Transtornos de Ansiedade?  Depressão? 

Embora todos nós nos sintamos tristes ou desanimados de vez em quando, ansiedade extrema e depressão não são sintomas normais. Se essas sensações começarem a interferir o seu prazer de viver a vida, talvez você esteja sofrendo de uma séria doença mental.

Existem diversos tipos diferentes de transtornos de ansiedade. É fato que milhões de pessoas em todo mundo sofram com algum tipo de transtorno de ansiedade.

A seguir estão alguns transtornos de ansiedade mais comuns:

Transtorno de ansiedade generalizada é o termo utilizado para ansiedade constante, mas não está ligado a uma única causa. Pessoas nestas condições vivem em uma estado absurdo de tensão e preocupação contínua.

O transtorno do pânico é caracterizado por ataques de pânico. Breves episódios de medo geralmente duram menos de dez minutos e são acompanhados por suor, tremor, falta de ar ou perturbação mental. Muitas pessoas que sofrem de transtorno de pânico, no início, acreditam que estão tendo um ataque cardíaco.

Transtorno de estresse pós-traumático é a ansiedade causada pela exposição a eventos como combate militare, abuso sexual, desastres naturais ou assaltos e outros crimes. Normalmente os sintomas começam dentro de três meses da data do evento.

O transtorno obsessivo-compulsivo é marcado por uma repetida obsessão por limpeza ou medo de contaminação. Pessoas que sofrem do transtorno obsessivo-compulsivo têm uma necessidade extrema de deixar as coisas em ordem, limpas e arrumadas.

Fobias são situações específicas de medo. As fobias mais comuns são o medo de voar, medo de animais, medo de lugares tumultuados. A fobia social também é conhecida como transtorno de ansiedade social.

A relação entre Ansiedade e Depressão

Muitas pessoas vêem a depressão como um transtorno que resulta na falta de energia, mas o oposto disso acontece frequentemente. Os que sofrem de depressão se tornam tão ansiosos que eles não são capazes de relaxar, descansar ou dormir.

Quem sofre de algum transtorno de ansiedade sente angústia em situações que uma pessoa normal não sentiria. Por exemplo, o indivíduo pode ser incapaz de ir a uma loja de conveniências sem sentir medo. Em casos mais complicados, pacientes com transtorno de ansiedade são simplesmente incapazes de trabalhar ou manter amizades.

Não há um causa única para ansiedade e depressão. As condições parecem vir de família, mas pode-se diagnosticar a patologia mesmo se nenhum parente apresenta algum dos sintomas. O estresse pode agravar a ansiedade e a depressão e os sintomas podem durar por mais tempo mesmo que o evento causador do estresse já tenha ocorrido.

Opções de Tratamento

Embora a ansiedade e o estresse sejam condições relacionadas, elas não são a mesma coisa. Os sintomas de cada transtorno deve ser tratado separadamente para que o tratamento ocorra bem.

Muitos recebem receitas de medicamentos para o tratamento da ansiedade, como o Valium e o Xanax, os dois remédios mais indicados para a ansiedade. O anti-depressivo Paxil também é usado para tratar o transtorno de ansiedade generalizada. Entretanto, os medicamentos para ansiedade podem trazer efeitos colaterais. É importante discutir as vantagens e desvantagens destes medicamentos com o seu médico psiquiatra antes de começar o tratamento.

Enquanto os medicamentos podem ser uma opção bem útil no tratamento tanto da ansiedade como da depressão, seu médico pode lhe recomendar consultas com psiquiatras treinados ou psicólogos. Esses profissionais poderão lhe ajudar a identificar seus sentimentos e mudar seus comportamentos auto-destrutivos. Esta é uma maneira segura e efetiva para o paciente lidar com os sintomas da ansiedade e da depressão.

Fonte: www.Psicopatologia-Psiquiatria.com

terça-feira, 28 de março de 2017

A Ansiedade e o Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC

 A Ansiedade e o Transtorno Obsessivo Compulsivo  - TOC


Adultos, adolescentes e crianças podem desenvolver TOC.
Pessoas  com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) sofrem de obsessões e compulsões.

Obsessões
Obsessões são pensamentos recorrentes e persistentes, impulsos ou imagens que não conseguem “sair da sua cabeça”. Eles são, na maioria das vezes, intrusivos e inadequados, causando acentuada ansiedade ou sofrimento. Exemplos dessas obsessões são: uma visão de sua casa em chamas e você no chão por causa de um acendedor esquecido no fogão ou o desenvolvimento de uma doença terrível devido aos germes em uma maçaneta de porta. Os pensamentos indesejados e intrusivos muitas vezes obrigam a pessoa a executar repetidamente comportamentos e rotinas ritualísticas (compulsões) para tentar controlar a sua ansiedade.

Compulsões
A compulsão é um comportamento forçado e repetido, que apesar de sua inadequação ou irracionalidade é uma resposta ao desconforto causado pela obsessão. Retomando os exemplos do fogão e da maçaneta da porta: os comportamentos associados seriam girar repetidamente o botão ligado e desligado do fogão e lavar e esfregar excessivamente as mãos até que elas se tornem rachadas ou sangrem. Alguns passam horas a fio realizando rituais complicados que envolvem a lavagem das mãos, contagem, ou verificações e checagens para afastar pensamentos persistentes indesejados, sentimentos ou imagens.

Obsessões e compulsões ocorrem simultaneamente. Uma obsessão faz com que uma enorme ansiedade ( “a casa vai queimar!”) seja reduzida pela compulsão ( “Se eu verificar e reavaliar o fogão, a casa não vai queimar”) .
A maioria das pessoas que têm TOC, têm consciência de que as suas obsessões e compulsões são irracionais, mas mesmo assim sentem-se impotentes para detê-las. É muito importante compreender que estes processos e ações mentais ocorrem na mente consciente. 

Quando você tem um transtorno obsessivo compulsivo, você está plenamente consciente de que seus pensamentos e comportamentos podem ser irracionais, mas você não tem nenhum controle sobre eles.
Esta desordem perturba sua vida quando o stress de uma obsessão e o comportamento repetitivo de uma compulsão ocupa a sua vida por horas ou até mesmo a maior parte do dia e os comportamentos obsessivo-compulsivos causam uma interrupção na sua vida diária, trabalho e /ou relacionamentos. ”Eu passo tanto tempo checando, contando e limpando”…

O transtorno obsessivo compulsivo pode ser diagnosticado rapidamente uma vez que os sintomas (obsessões/compulsões) começam a se manifestar de imediato. Aproximadamente 50% das pessoas apresentam sintomas de TOC imediatamente após um evento estressante. No entanto, muito poucas pessoas buscam ajuda imediatamente. Muitas pessoas adiam o tratamento do TOC até 5 a 10 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas.

As manifestações do Transtorno Obsessivo Compulsivo envolvem obsessões e compulsões:
Obsessões podem centrar-se sobre qualquer coisa. No entanto, a forma mais comum de TOC baseia-se no medo de contaminação (obsessão), seguido por lavagem excessiva das mãos (compulsão).
A segunda obsessão mais comum é autodúvida, como “Será que eu lembrei de fechar a porta?” Ou “O que eu posso ter esquecido?” Horas podem ser desperdiçadas verificando e reverificando a porta, o fogão, etc. Além disso, pensamentos repetitivos, especialmente envolvendo sexo ou agressão, podem permanecer interminavelmente na mente e causando culpa e vergonha.
Também é muito comum para o TOC envolver a necessidade de simetria. Por exemplo, se você tem uma necessidade de simetria, você pode passar horas amarrando os sapatos até que estejam com a tensão exata e os cadarços perfeitamente alinhados. A necessidade de simetria pode se manifestar de outras formas também, como sempre alternando entre os lados direito e esquerdo durante as atividades.
O filme “Melhor É Impossível”, estrelado por Jack Nicholson, fornece um excelente exemplo de comportamento TOC. O personagem de Jack Nicholson demonstra os meandros intermináveis de viver com esta doença.

OBSESSÕES – Pensamentos intrusivos e indesejados
  • Preocupação irracional e constante sobre sujeira, germes ou contaminação.
  • Preocupação excessiva com a forma, arranjo, ou simetria.
  • Medo de que os pensamentos ou impulsos negativos ou agressivos irá causar danos pessoais ou danos a um ente querido.
  • Preocupação com a perda ou com o ato de jogar fora objetos com pouco ou nenhum valor.
  • Preocupação excessiva em, acidentalmente ou propositadamente, ferir outra pessoa.
  • Sentir-se excessivamente responsável pela segurança dos outros.
  • Pensamentos desagradáveis envolvendo imagens religiosas e sexuais.
COMPULSÕES – Comportamentos ritualísticos e rotinas para aliviar a ansiedade ou angústia
  • Limpeza => Repetidamente lavar as mãos, tomar banho, ou limpar utensílios domésticos, muitas vezes por horas.
  • Verificação => Verificação e reverificação várias centenas de vezes por dia se as portas estão trancadas, o fogão está desligado, o secador está desligado, etc.
  • Repetição => Incapacidade de parar de repetir um nome, frase ou atividade simples (como passar por uma porta várias e várias vezes).
  • Rituais mentais => revisão interminável de conversas e contagem. Repetição contínua de “bons” pensamentos para “neutralizar” pensamentos ou obsessões “ruins”. Ato excessivo de orações,  e uso de palavras ou frases especiais para neutralizar obsessões.
Estes comportamentos podem interferir com a rotina normal da pessoa, escola, trabalho, família, ou atividades sociais. Várias horas todos os dias podem ser gastas com foco em pensamentos obsessivos e realização de rituais aparentemente sem sentido. Tentar se concentrar em atividades diárias pode ser difícil.
Possíveis sinais de Transtorno Obsessivo Compulsivo incluem:
  • Evitar lugares públicos e eventos sociais.
  • Acumular ou recolher excessivamente vários objetos.
  • Atraso frequente para o trabalho / escola / compromissos por causa de um impulso irresistível de verificar novamente ou refazer certos atos.
  • Ficar ansioso se a sua rotina é interrompida ou algo está fora do lugar.
Os sinais de TOC variam drasticamente dependendo de como o transtorno se manifesta. O sintoma mais proeminente do TOC é apresentar um comportamento ilógico, comportamentos repetitivos que perturbam sua vida. Um exemplo de um sintoma ilógico seria lavar as mãos excessivamente.

Causas do transtorno obsessivo compulsivo
Os fatores biológicos e comportamentais contribuem para o desenvolvimento do distúrbio obsessivo compulsivo. Cientistas comportamentais acreditam que as obsessões são pensamentos fixos associados com determinados objetos, pensamentos, sentimentos, comportamentos, desejos, imagens e / ou objetos, enquanto compulsões são objetos e / ou experiências que se tornaram associados com medo, ansiedade ou perigo. Uma compulsão é semelhante, muito semelhante, a uma obsessão, na medida de que ambas são consideradas como uma resposta condicionada a estímulos específicos. Em outras palavras, certas atividades que ajudaram a diminuir o medo particular, no passado, podem se tornar parte de um repertório de estratégias de redução de ansiedade.
Os pesquisadores descobriram que os medicamentos que promovem a produção de serotonina são mais eficazes do que os medicamentos que afetam outros neurotransmissores no cérebro. Por conta disso as pessoas com TOC parecem ter a atividade cerebral aumentada em várias partes do cérebro, sugerindo, assim, um componente biológico para TOC.

Se não tratado, o TOC pode interferir com todos os aspectos da vida da pessoa. Portanto, se desconfia que tem TOC, procure um médico psiquiatra e faça uma consulta. 

segunda-feira, 27 de março de 2017

Relação entre Ansiedade e Fibromialgia

Relação entre Ansiedade e Fibromialgia


Dois terços dos pacientes com fibromialgia sofrem ou sofreram no passado, sintomas de depressão e distúrbios de ansiedade, o que destaca a necessidade de tratar esta doença a partir de um ponto de vista multidisciplinar.
A fibromialgia é uma doença que afeta, em graus variados, entre 2 a 4% da população e é caracterizada por causar dor amplamente em todo o sistema musculoesquelético e uma sensação dolorosa em certos pontos específicos do corpo.
No início, o tratamento da fibromialgia era focado em seus sintomas, dores musculares e articulares, mas, recentemente foi descoberto que ela é um processo complexo que requer o tratamento de diferentes especialistas.
Estudos recentes mostram uma comorbidade psiquiátrica significativa em muitos pacientes com fibromialgia, a tal ponto que 80 por cento sofrem ou sofreram de Transtorno de Ansiedade.
A Ansiedade em relação a saúde é um problema comum quando se vive com ansiedade, e, infelizmente, o medo de desenvolver algum tipo de condição física e os sintomas associados podem levar a mais ansiedade. Torna-se um problema ainda pior quando a ansiedade realmente cria algum tipo de problema físico.
Um exemplo disto é a fibromialgia. A fibromialgia é uma dor crônica generalizada que tende a fazer com que as pessoas se tornem hipersensíveis a estímulos físicos – até mesmo quando tocadas em algumas partes do seu corpo. Há várias ligações entre a Ansiedade e fibromialgia, e, em alguns casos, pode ser a fibromialgia um sintoma de Ansiedade.


Fibromialgia = Ansiedade?
Fibromialgia é uma condição que não pode atualmente ser completamente explicada pela medicina. Alguns estudos têm demonstrado que a redução da ansiedade pode ajudar a reduzir os sintomas.


Como a Ansiedade pode contribuir para  causar ou ser uma consequência da fibromialgia ?
Fibromialgia é uma condição tão inexplicável que os médicos e os cientistas têm encontrado muitas ligações diferentes entre ela e a ansiedade, e é provável que a razão de cada indivíduo para experimentar ambos varia. A seguir exemplificamos algumas das ligações entre as duas condições:


Ansiedade causando fibromialgia: Não está claro como ou porque a ansiedade poderia causar estes sintomas, mas existem ligações. É possível que a ansiedade desencadeie uma resposta neurotransmissora que possa aumentar a inflamação de certas partes do seu corpo. Uma hipótese é que esses pacientes tenham sofrido uma alteração no sistema natural de inibição da dor e acabam sofrendo uma amplificação da mesma, que também envolve uma alteração das funções cognitivas independentes do humor, tais como a memória ou a atenção, que por sua vez, traduz-se numa dificuldade para a tomada de decisões na vida cotidiana. É também possível que o estresse da ansiedade cause algo em seu corpo que faz com que a fibromialgia aconteça. Já se sabe que o estresse mantido ao longo do tempo está na origem de muitos casos de fibromialgia, assim como outras doenças como a fadiga crônica e a depressão.

Ansiedade Contribuindo para a fibromialgia: O mais provável, porém, é que você pode ter uma tendência a alguma forma leve de fibromialgia, e a ansiedade simplesmente a torna mais pronunciada. A ansiedade pode causar o que é conhecido como “hipersensibilidade”, que é quando o corpo e a mente estão mais sintonizados com sensações físicas, ampliando assim os sintomas. Isso criaria não só mais dor, mas a dor mais perceptível. Estudos mostraram que havia sinais significativos de tensão e ansiedade no momento do aparecimento da fibromialgia.

Fibromialgia causando ou contribuindo para a ansiedade: A fibromialgia causa dor, e o medo de sentir essa dor também é algo que pode levar à ansiedade severa, e na verdade muitas pessoas com fibromialgia parecem desenvolver ansiedade como resultado dessa condição. Dor, fadiga, formigamento e outros sintomas da fibromialgia são também muitas vezes gatilhos que desencadeiam ataques de pânico. Deve notar-se que o resultado desta ansiedade pode criar um ciclo vicioso, onde a fibromialgia agrava a ansiedade, e a ansiedade agrava a fibromialgia.

Ansiedade causando dor, mas sem fibromialgia: Uma questão que também precisa ser considerado é que você não tem fibromialgia em tudo. É importante falar com um médico, mas você deve saber que tanto o transtorno de ansiedade generalizada quanto o transtorno do pânico, muitas vezes causam sintomas muito semelhantes aos da fibromialgia. Transtorno do pânico também pode levar à dor e formigamento nas pernas, pés, mãos, rosto, e mais, e essa dor pode ocorrer como resultado da hiperventilação e hipersensibilidade – sem qualquer relação com a fibromialgia.

Se a ansiedade pode causar fibromialgia porque não podemos trabalhar com essa ansiedade e reduzir a ocorrência de casos de fibromialgia ?
Na verdade, os médicos acreditam na ligação entre a fibromialgia e a ansiedade e depressão, mas atualmente não há respostas definitivas para a doença, e também para sua ligação com a ansiedade.
Mas a relação está lá, e por isso é absolutamente possível que a ansiedade está causando ou contribuindo para os sintomas da fibromialgia, ou vice-versa.



Como tratar da fibromialgia a partir da ansiedade?
Os tratamentos para a fibromialgia variam. Muitos médicos irão prescrever medicamentos para controlar a dor, mas, em geral, estes são apenas os medicamentos básicos para a dor. Desde que, claro, a causa da fibromialgia ainda é desconhecida e, portanto, difícil de tratar especificamente. Os tratamentos que são relevantes para aqueles com ansiedade incluem:
  • Exercício:- O exercício tem sido estudado extensivamente em relação a fibromialgia, e estes estudos parecem confirmar que é uma ferramenta importante para a gestão tanto da dor quanto da fadiga causada por sintomas da fibromialgia. A boa notícia é que o exercício é também um auxiliar para a ansiedade. E, caso você sofra de fibromialgia é fundamental assim integrar a atividade física na sua vida.
  • Redução da ansiedade sem exercício: redução da ansiedade sozinha tem apenas um efeito moderado sobre os seus sintomas de fibromialgia. Mas o efeito ainda está lá, por isso é definitivamente algo a considerar. Combinado com o exercício, verifica-se que a eficácia de um tratamento de redução de ansiedade melhora dramaticamente. Os dois tratamentos podem ser uma ótima maneira de combater eficazmente os seus sintomas.
  • Estilo de vida saudável: pode ajudar em casos leves e mesmo moderados de fibromialgia. Viver uma vida saudável parece ajudar também. Faça o seu melhor para evitar drogas e álcool, tente dormir o melhor que puder (problemas do sono estão associados com um aumento dos sintomas), e tente garantir que você está recebendo uma dieta saudável com bastante magnésio e outras vitaminas e minerais.
Não há nenhuma cura conhecida para a fibromialgia, mas com todas as pesquisas que estão sendo feitas sobre o assunto é muito provável encontrar logo a sua causa específica. Até lá então,  busque ajuda especializada, e certifique-se que você está se concentrando em maneiras de reduzir a sua ansiedade e obter alívio de seus sintomas.


sábado, 25 de março de 2017

A TAG e os sintomas físicos mais assustadores!

A TAG  e os sintomas físicos mais assustadores!



A TAG é acompanhada por sintomas tantos físicos como mentais, independentemente da duração e simplesmente dão muito medo, sobretudo os físicos. Para quem não sente até podem parecer impossíveis de sentir mas para quem sente, para além assustadores são desgastantes. Aqui, faremos uma lista dos seis piores sintomas físicos,  os mais assustadores que  podem ocorrer durante uma crise de ansiedade.

6 -  Dor de cabeça
 

É uma dor diferente da tradicional dor de cabeça. Talvez até seja uma impressão de dor, a comparação ideal seria uma fita fortemente apertada ao redor da cabeça. Como ela tem uma duração longa, por vezes vem o pensamento que se tem um tumor maligno no cérebro, ou algo do gênero. 

5 -  Nó na garganta

No quinto lugar está um sintoma que além de muito estranho, causa medo. Quem sente, parece que tem uma bola de golfe dentro da garganta, o que provoca a sensação de estar obstruída, ou seja, a sensação é de que o ar  não vai passar para os pulmões. Também há relatos de quem fique com dificuldade para engolir.

4 - Mal estar abdominal

A ansiedade “atrapalha” muito o sistema digestivo e possivelmente este é o que mais sofre com as crises. Diarreia, dores, má digestão, etc. São sintomas que causam muito receio devido ao mal estar que causam.

3 - Falta de ar

O sintoma que entra no terceiro lugar da lista, é a terrível falta de ar.
Todos nós sabemos que sem o ar, não há vida, agora vamos imaginar que estamos numa mina de carvão em que o ar é rarefeito e que ele não chega aos nossos pulmões, isto durante dias e semanas... simplesmente medonho! Assustador!

2 - Coração acelerado

Imagine que correu 10 minutos seguidos, e no final mede as pulsações e vê que está "acelerado", isso é muito bom, você acabou de fortalecer os músculos do coração, agora imagine ter as mesmas pulsações, mas, está parado e não fez nenhum exercício! É um sintoma que vem de repente e sem aviso e sem duvida é muito assustador.

1 - Dor peito
O sintoma campeão, e por quê? Não é pela dor em si, porque até costuma ser suportável mas sim pela localização. O primeiro pensamento é..."vou ter um ataque cardíaco e não passo de hoje." Além disso, pode permanecer durante meses, o mais confuso é que os exames clínicos mostram que está tudo bem, o que muitos pacientes desconfiam nesses resultados e acreditam que tem um coração doente.

Cada pessoa é diferente e pode ter outros sintomas mais preocupantes, pessoalmente estes para mim são os piores. A lista é grande e ate conheço quem sofre de TAG e nunca teve nenhum destes. O importante é saber lidar com eles e buscar tratamentos adequados, com médicos psiquiatras, psicólogos, que vão indicar muitas outras opções de tratamentos disponíveis por aí.

Pessoalmente já senti todos eles e vocês?

Monstrinho Da Ansiedade


Reconhecendo os Sintomas da Ansiedade Generalizada

Reconhecendo os Sintomas da Ansiedade Generalizada


Os sintomas da Ansiedade podem se manifestar tanto fisicamente: Sensações de aperto no peito, tremores, como emocionalmente: Pensamentos negativos, preocupação ou medo. Geralmente, surgem vários sintomas ao mesmo tempo.
Os sintomas da Ansiedade podem nos levar a incapacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia, pois, podemos entrar em pânico assim é muito importante aprender a manter o controle e principalmente tratar a Ansiedade. Em alguns casos é necessário ir no Psiquiatra ou Psicólogo.


Aqui temos uma lista com os diferentes sintomas:
Sintomas Físicos
Sintomas Psicológicos
Enjoo e vômitos
Agitação e balanço das pernas e dos braços
Tontura ou sensação de desmaio
Nervosismo
Falta de ar ou respiração ofegante
Dificuldade de concentração
Dor ou aperto no peito e palpitações no coração
Preocupação
Dor de barriga, podendo ter diarreia.
Medo constante
Roer as unhas, sentir tremores e falar muito rápido.
Sensação de que algo ruim vai acontecer.
Tensão muscular, causando dor nas costas.
Descontrole sobre os próprios pensamentos.
Irritabilidade e dificuldade para dormir.
Preocupação exagerada em relação à realidade.
Normalmente as pessoas com ansiedade sentem vários destes sintomas ao mesmo tempo, especialmente em momentos importante ou quando é necessário se expor a outras pessoas, como durante apresentação de trabalhos ou reuniões.

Causas de ansiedade


A ansiedade pode ser provocada por qualquer motivo, pois depende da importância que o individuo dá a uma determinada situação e podendo surgir tanto em adultos como em crianças.
Porém, a Ansiedade aguda e o estresse são mais comuns em situações, como a insegurança do 1º dia de trabalho, casamento, problemas familiares ou compromissos financeiros, por exemplo, o mais importante é detectar a causa e tratar, evitando assim uma futura Ansiedade crônica.
Se 3 ou mais dos sintomas físicos ou emocionais estiverem presentes quase que diariamente nos últimos 6 meses, é importante consultar um psiquiatra para avaliar e indicar o melhor tratamento, pois pode estar sofrendo de um quadro chamado transtorno de  TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Como controlar a Ansiedade


Para controlar a ansiedade, podemos tomar remédios indicados pelo médico que ajudam a diminuir alguns dos sintomas, além de usar plantas medicinais que têm efeito calmante e, se necessário, fazer acompanhamento com o psicólogo.


Remédios naturais


Alguns exemplos de remédios naturais que podem ser usados são:
  • Suco de maracujá, pois possui propriedades calmantes e ansiolíticas;
  • Chá de camomila devido à sua ação calmante;
  • Alface, porque ele ajuda a relaxar os músculos e o sistema nervoso.
  • Tomar um banho morno para relaxar o corpo;
  • Receber uma massagem relaxante.
Além disso, técnicas como tomar banhos mornos ou receber massagens no corpo ajudam a relaxar e aliviar a tensão, auxiliando no tratamento. 

Medicamento que podem ser receitados pelo PSIQUIATRA:


Alguns remédios para tratar a ansiedade que podem ser receitados pelo médico incluem:
Diazepam
Valium
Oxazepam
Serax
Flurazepam
Dalmane
Temazepam
Restotil
Triazolam
Halcion
Clonazepam
Klonopin
Lorazepam
Ativam
Buspirona
BuSpar
Alprazolam
Xanax
Clordiazepóxido
Librium
É importante lembrar que estes remédios são classificados como ansiolíticos e só devem ser utilizados sob orientação médica.


sexta-feira, 24 de março de 2017

Despersonalização

Despersonalização
Nas áreas da Psiquiatria e da Psicologia, a Despersonalização é entendida como uma desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos de irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos amnésicos e apatia. Pode ser um sintoma de outras desordens como transtorno bipolar, transtorno de personalidade borderline, depressão, esquizofrenia, estresse pós-traumático e ataques de pânico.
A despersonalização pode ainda surgir com o consumo de drogas, como Cannabis ou Ecstasy; mas há outras causas: esta pode desenvolver-se devido a uma exposição prolongada a estresse, mudanças repentinas no contexto pessoal, laboral ou social, entre outros fatores. A despersonalização encontra-se intimamente relacionada com a Ansiedade.
Enquanto desordem isolada, é desencadeada pela vivência de uma situação traumática, como maus tratos (de natureza física ou psicológica), acidentes, desastres. Esta pode ainda aparecer no indivíduo, se este atravessar um conflito interno insuportável: a mente passa por um processo inconsciente de dissociação - separa (dissocia) conhecimento, informações ou sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento (realidade) consciente. Foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra francês Ludovic Dugas.
Sintomas
 A Despersonalização surge como uma desordem dissociativa: As características essenciais do Transtorno de Despersonalização consistem de episódios persistentes ou recorrentes de despersonalização, caracterizados por um sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio. O indivíduo pode sentir-se como um autômato ou como se estivesse em um sonho ou em um filme.
Pode haver uma sensação de ser um observador externo dos próprios processos mentais, do próprio corpo ou de partes do próprio corpo. Vários tipos de anestesia sensorial, falta de resposta afetiva e uma sensação de não ter o controle das próprias ações, incluindo a fala, frequentemente estão presentes. O indivíduo com Transtorno de Despersonalização mantém um teste de realidade intacto (por ex., consciência de que isto é apenas uma sensação e de não ser realmente um autômato).
A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento. Uma vez que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo). Além disso, a perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.
Esta característica importante da despersonalização é que a pessoa tem total noção de que os seus sintomas não são normais e de que algo está errado consigo. O indivíduo pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos (macropsia ou micropsia), pode apresentar fotossensibilidade (sentir-se ofuscado e incomodado por luz) e as pessoas podem parecer estranhas ou mecânicas. Outras características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos e uma perturbação do sentido de tempo.
A pessoa sente-se desapegada dos seus amigos e familiares, começa a sentir o mundo de uma forma diferente e irreal, bem como um grande vazio no seu íntimo, como se a sua personalidade se lhe tivesse sido "roubada" (daí o nome de despersonalização, da ruptura da personalidade), o que a leva a isolar-se. Num período inicial, desorganizado da doença, instauram-se, por vezes, sintomas depressivos perante a grande mudança que se operou na forma da pessoa perceber o mundo, os outros e a si própria. Em conjunto com sintomas depressivos, muitas vezes, o paciente fica obcecado em busca de uma causa para todos estes sintomas.
Muitas vezes, são os pacientes que realizam o seu próprio diagnóstico. Isto é natural, visto o pouco conhecimento que os clínicos têm sobre esta patologia, bem como a dificuldade que os indivíduos possuem em explicar os seus sintomas. A forma como uma pessoa percebe e sente a realidade, o seu "eu" e a relação com os outros é algo tão sutil e vago que, por vezes, apenas metáforas e analogias podem explicar estes sintomas.
A despersonalização é a alteração da sensação a respeito de si próprio, enquanto a desrealização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo preservada a sensação a respeito de si mesmo. Contudo ambas podem acontecer simultaneamente. A classificação norte-americana não distingue mais a desrealização da despersonalização, encarando-as como o mesmo problema.
Contrariamente ao que o nome pode sugerir, a despersonalização não trata de um distúrbio de perda da personalidade: este problema inclusive não tem nenhuma relação com qualquer aspecto da personalidade normal ou patológica.
O aspecto central da despersonalização é a sensação de estar desligado do mundo como se, na verdade, estivesse sonhando. O indivíduo que experimenta a despersonalização tem a impressão de estar num mundo fictício, irreal, mas a convicção da realidade não se altera. A desrealização é uma sensação e não uma alteração do pensamento como acontece nas psicoses onde o indivíduo não diferencia realidade da "fantasia". Na despersonalização o indivíduo tem preservado o senso de realidade apesar de ter uma sensação de que o que está vendo não é real. É comum a sensação de ser o observador de si próprio e até sentir o movimento de saída de dentro do próprio corpo de onde se observa a si mesmo de um lugar de fora do próprio corpo.
A ocorrência eventual das sensações de despersonalização ou desrealização é comum. Algumas estatísticas demonstram que aproximadamente 70% da população em geral já experimentou alguma vez esses sintomas, não podendo constituir um transtorno enquanto ocorrência esporádica. Porém se acontece continuamente ou com frequência proporcionando significativo sofrimento, passa a ser considerado um transtorno. A severidade pode chegar a um nível de intensidade tal que o paciente deseja morrer a continuar vivendo.
O diagnóstico desse transtorno dissociativo só pode ser feito se outros transtornos foram descartados como as síndromes psicóticas, estados de depressão ou ansiedade, especialmente o pânico. Nessas situações as despersonalizações e desrealizações são comuns  e constituindo-se num sintoma, não num transtorno à parte.
Outros estudos têm apontado para uma hiperativação da região interna do córtex pré-frontal e de uma hipoativação do sistema límbico, nomeadamente das amígdalas. Enquanto que a primeira estrutura é responsável pelo controle das emoções, inibindo a segunda, quando ativada, o sistema límbico é fundamental para as emoções e na coordenação destas com as percepções. Quando o quadro descrito se observa, verifica-se uma inibição emocional que leva aos estados de apatia sentidos pelos pacientes. De fato, o sentimento de irrealidade pode ser explicado pela falta de cor emocional que as percepções dos pacientes revelam. Deste modo, recebem-se impulsos de natureza visual, auditiva, entre outros, mas, no seu processamento, não se ativa o sistema límbico, fundamental para lhes conferir significância afetiva. Deste modo, tudo surge igual e sem emoções interligadas para os despersonalizados.
Pode-se, então explicar o seu distanciamento à realidade, visto que não lhe providencia sentimentos. De certa forma, é a ausência de emoções que altera as percepções físicas.
Os pacientes conseguem indicar a significância ou a emoção que normalmente teriam em relação a certa pessoa ou a certo objeto, contudo não conseguem senti-los, devido à inibição observada. Esta discordância entre o que se espera sentir e o que se sente provoca grande sofrimento nas pessoas despersonalizadas. Ao contrário de outras patologias, as pessoas têm plena noção do que deveriam sentir e do que não sentem.
A Despersonalização e Desrealização são sintomas que podem surgir associados ao pânico/ansiedade/medo e pertencem a um grupo de sensações/sentimentos conhecidos por Dissociação.
Existe uma escala que avalia o grau de dissociação que varia numa pontuação entre 0 e 10. Por exemplo algumas das pessoas com perturbação de pânico obtêm nesta escala valores entre 4 e 5. Muitas pessoas com ataques de pânico afirmam que os ataques começam com a experiência de despersonalização e/ou desrealização.
Sensações dissociativas:
-sensibilidade à luz e ao som.
- visão em túnel.
- sensação de que o corpo aumentou, sentido-o maior que o normal.
- sentir que o corpo diminuiu a proporções mínimas.
- objetos parados parecem mexer-se.
- estar dirigindo o carro e notar que não se lembra de uma parte ou da totalidade da viagem.
- estar ouvindo alguém falar e aperceber de que não ouviu nada ou partes do que a outra pessoa disse.
- por vezes “ficar a olhar para o espaço” e não ter a noção de que o tempo passou.
Atenção: muitas destas sensações dissociativas são normais. Elas só constituem problema quando influenciam a vida da pessoa causando desconforto e/ou problemas emocionais/psicológicos.
As pessoas que sentem despersonalização/desrealização sentem-se divorciadas tanto do mundo como do seu próprio corpo. Geralmente as pessoas alegam sentir “que a vida é vivida como se tivessem num sonho”. As coisas parecem irreais, desfocadas e há quem diga que se sente separado do seu próprio corpo. Outra característica desta condição poderá incluir pensamentos “estranhos” ou uma constante preocupação das quais as pessoas acham difícil “desligar”.
O autor Paul David descreve: “É como se as pessoas por mais que tentem, sentem que não conseguem lidar bem com o mundo à sua volta. Sentem-se distanciadas daquilo que as rodeia, sendo difícil falarem e ligarem-se a outras pessoas. Podem sentir que já não nutrem sentimentos por outras pessoas que lhes são próximas. A pessoa parece que já não se sente como normal e isso pode custar muito a quem passa por essa experiência.
A despersonalização é em muitos casos um subproduto da ANSIEDADE, uma vez que as pessoas engrenam por um caminho de preocupações, medos, receios e constante vigília sobre aquilo que pensam, sentem ou fazem. Há uma grande auto conscientização das coisas, fazendo assim com que a pessoa se sinta absorta aos seus próprios processos internos. É extremamente frequente as pessoas sentirem medo de poderem ficar loucas, perder o controle, mas não - não vão ficar loucas ou perder o controle. Este estado surge por estar constantemente preocupados em relação aos seus problemas. 
A despersonalização/desrealização não faz mal por si só, não é perigosa nem constitui uma perturbação grave. É natural que as pessoas poderão ser mais ou menos afetadas, consoante o tipo de situação, ansiedade e contexto em que se inserem, mas com paciência e compreensão esta sintomatologia passa.
A despersonalização ocorre com a ansiedade porque você está tão habituado a observar-se a si mesmo, a questionar o que tem, dia sim-dia assim que começa a sentir-se afastado do mundo exterior. A sua mente tornou-se mais “cansada” e menos resiliente (facilidade para ultrapassar obstáculos, resistência emocional e psicológica), pois aquilo que faz é observar e preocupar-se com todos os seus sintomas. É como se a mente tivesse sido bombardeada com pensamentos de preocupação e acaba tornando-se fatigada.
Quando a mente se cansa psicologicamente e emocionalmente sentimos estes estranhos sentimentos de distanciamento do mundo à nossa volta e de nós mesmos, experimentando um estado de pseudo sonho. É aí que podemos começar a convencer-nos de que estamos a piorar, a ficar loucos, que estamos a perder o controlo. Mas não estamos a enlouquecer, a nossa mente é que está tão cansada que nos pede uma pausa, um descanso de toda esta introspecção, análise interna e absorção.
Quando as pessoas dão por elas no ciclo da preocupação/ruminação começam a pensar profundamente e constantemente, é um ciclo. Estudam-se em profundidade, verificando, observando e concentrando-se nos seus sintomas. Até podem acordar de manhã apenas para continuar este hábito “Como é que eu me sinto hoje de manhã?” “Será que consigo sentir-me bem durante o dia?” “Que nova sensação é esta que eu sinto?” Isto pode durar todo o dia, provocando assim um cansaço adicional ao que já existe na nossa mente. Esta constante verificação e observação dos seus sintomas torna-se então um hábito, mas tal como todos os outros hábitos, este também pode ser mudado.
Ruminação, preocupação, receios; ficamos tão preocupados acerca do modo como nos sentimos que não pensamos em mais nada. É de espantar que se sinta tão distanciado e afastado daquilo que o rodeia? É de espantar que não se consiga concentrar?
Algumas pessoas quando estudam para os exames durante horas a fio, chegam ao ponto em que já não conseguem assimilar informação. Por isso, fazem uma pausa e continuam no dia seguinte.
O que muitas pessoas não sabem é que a despersonalização pode ocorrer em pessoas sem ansiedade ou questões de pânico. Pode acontecer quando alguém perdeu uma pessoa que ama, quando se tem um acidente de aviação, ou um choque emocional de qualquer tipo recente. É um mecanismo de defesa, é como se fosse o modo que o corpo encontra para nos proteger de toda a preocupação ou mágoa que possamos estar a sentir. Isto normalmente é temporário e quando a pessoa que está em luto ultrapassa alguma da sua mágoa, a despersonalização diminui e/ou desaparece.
O problema com a ansiedade é que as pessoas que sofrem dela têm uma tendência para se preocupar e a despersonalização surge como proteção a todo este estresse e preocupação diária. As pessoas podem então sentir-se distanciadas, distantes, vazias, sem emoções. O que acontece nessa altura é que as pessoas começam a preocupar-se e a obcecar sobre este novo sentimento, pensando que é algo sério e grave, ou que poderão enlouquecer. Até poderão mesmo “esquecer” a sua ansiedade e focarem-se apenas neste novo sentimento o que poderá fazer com que estes sentimentos e sensações aumentem.
A desrealização cresce à medida que entramos no ciclo de preocupação e medo e por isso o nosso corpo protege-nos destes sentimentos cada vez mais, fazendo – nos sentir mais distanciado.  É esta preocupação e medo sobre estas sensações e sentimentos que nos mantêm no ciclo.
A maneira de ultrapassar a despersonalização não é preocupar-se ou obcecar acerca dela, mas dando-lhe o espaço necessário e não se sentir tão “dominado” ou “arrebatado” por ela. Ver a despersonalização como um mecanismo que o corpo encontra para nos proteger e não como um sinal de que algo terrível irá acontecer ou que poderá enlouquecer.
Este sintoma é como qualquer outro e quanto mais se preocupa ou obceca acerca dele maior o problema se poderá tornar e mais tempo poderá manter-se no ciclo.
É interessante reparar que, apesar dos sintomas de despersonalização e desrealização serem conhecidos como dois dos sintomas mais comuns dos ataques de pânico, a capacidade para dissociar não é mencionada na literatura relativa à perturbação de pânico. Nem é mencionado que, muitas pessoas dissociam primeiro, e experimentam um ataque de pânico depois, como  uma reação à dissociação.
Houve alguma especulação entre psiquiatras que trabalhavam na área da dissociação – de que as pessoas com perturbação de pânico de fato dissociam primeiro e têm pânico em seguida, mas não há pesquisa substancial nesta área. Profissionais da saúde mental australianos que trabalham com clientes com ansiedade reportaram ser esta uma das causas da reação de pânico para muita gente – os sintomas dissociativos.
As pessoas que dissociam têm esta tendência desde a infância, muito embora muitas dessas pessoas se tenham esquecido que tinham essa capacidade em crianças. Esta tendência pode ser de novo ativada mais tarde na vida como resultado de um evento de estresse e/ou não comer/dormir apropriadamente.
Muitas  pesquisas indicam que estes estados podem ser induzidos numa fração de segundo. A maioria de nós que tem ataques de pânico não está ciente do modo como o fazemos tão facilmente e consequentemente entramos em pânico cada vez que entramos num estado de consciência alterado. A nossa experiência também demonstra que as pessoas podem experimentar uma sensação de “choque elétrico” ou um “calor dormente” nestes estados alterados. Isto também aumenta o medo e pânico  de que podemos estar  “morrendo”  ou a “ficando  loucos.”
Uma outra experiência demonstra que as pessoas podem ter sensações de tonturas como resultado da desrealização. A pesquisa demonstra que não é tanto a desrealização que causa as tonturas,  mas sim a magnitude na mudança de estado de consciência que pode causar sentimentos e sensações de tonturas.
Muitas pessoas que tem despersonalização e desrealização podem acordar a meio da noite, com um ataque de pânico noturno.
A pesquisa indica que estes ataques ocorrem na mudança de consciência, ao entrar no sono, ao fazer a mudança entre os diferentes estágios do sono (do sono leve para o profundo, do profundo para o leve). A mudança de consciência durante o sono é semelhante à mudança de consciência que as pessoas conseguem ter quando dissociam durante o dia.
Agravantes

Fatores agravantes e fatores atenuantes
Consumo de drogas (São um gatilho para esta patologia, parece óbvio que o seu consumo poderá agravá-la);
Cafeína
Nicotina
Multidões e locais com muitos estímulos, por exemplo a rua (parece que numa pessoa com despersonalização, os seus sintomas se agravam quando tem de processar muitos estímulos, o que não significa que deva evitar contactos sociais,      pelo contrário.)
Insônias
Dormir demais (parece que os ciclos de sono estão bastante relacionados com a síndrome de despersonalização. Poderá parecer paradoxal, mas existe uma menor sensação de despersonalização durante o sono, talvez devido a um adormecimento do córtex pré-frontal);
Lembrar-se de sua condição de despersonalizado;
Demasiada introspecção;
Isolamento
Stress
Exercício físico (Leve e moderado, pois o intenso parece agravar os sintomas);
Estimulação física - beliscar-se, etc - (não incluir automutilação que pode aliviar inicialmente, para logo depois agravar severamente o estado despersonalizado);
Relações sociais;
Olhar-se no espelho (convence a pessoa de que ela existe).
O próprio sexo, o contato com outra pessoa (corpo a corpo), ajuda no esquecimento da despersonalização.
Relaxar um bom periodo de tempo.


Não existe qualquer terapia que se tenha revelado significativa no tratamento da despersonalização, mostrando-se uma desordem bastante resistente a tratamentos. Muitos clínicos parecem apostar na utilização de SSRI ou na psicoterapia, sendo que os maiores resultados se têm obtido com a última opção. Contudo, as respostas aos tratamentos parecem variar bastante de paciente para paciente.
A sensação de despersonalização desaparece, frequentemente, com o tratamento. Este só se justifica se a situação persistir, reaparecer ou causar sofrimento. Demonstraram-se eficazes a psicoterapia psicodinâmica, a terapia comportamental e a hipnose, mas não existe um tipo único de tratamento que seja eficaz para todas as pessoas com uma perturbação de despersonalização. Os tranquilizantes e os antidepressivos podem ajudar algumas pessoas.
A despersonalização associa-se, frequentemente, a outras perturbações mentais que necessitarão de ser tratadas ou é desencadeada por elas. Deve ter-se em conta qualquer tipo de stress relacionado com o início (instalação) da perturbação de despersonalização.
De um modo geral, consegue-se algum grau de alívio. A recuperação completa é possível para muitas pessoas, especialmente para aquelas cujos sintomas ocorrem em ligação com qualquer stress identificado durante o tratamento.
Alguém sofrendo de despersonalização severa pode ser especialmente suscetível ao suicídio, realizando o processo de forma calma e tranquila, sem ter real consciência do que faz. Se o problema relacionado com a despersonalização for tratado, a despersonalização severa - assim como em qualquer outro dos seus graus - pode ter seus sintomas reduzidos e até mesmo anulados.
Bibliografia
·         Wikipédia, a enciclopédia livre.