Despersonalização
Nas áreas
da Psiquiatria e da Psicologia, a Despersonalização é entendida
como uma desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos
de irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos amnésicos e apatia.
Pode ser um sintoma de outras desordens como transtorno bipolar, transtorno de personalidade
borderline, depressão, esquizofrenia, estresse pós-traumático e
ataques de pânico.
A despersonalização pode ainda surgir com o consumo de drogas,
como Cannabis ou Ecstasy; mas há outras causas: esta pode
desenvolver-se devido a uma exposição prolongada a estresse, mudanças
repentinas no contexto pessoal, laboral ou social, entre outros fatores. A
despersonalização encontra-se intimamente relacionada com a Ansiedade.
Enquanto desordem isolada, é desencadeada pela vivência de uma situação
traumática, como maus tratos (de natureza física ou psicológica), acidentes,
desastres. Esta pode ainda aparecer no indivíduo, se este atravessar um
conflito interno insuportável: a mente passa por um processo inconsciente de
dissociação - separa (dissocia) conhecimento, informações ou sentimentos
incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento (realidade) consciente.
Foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra francês Ludovic Dugas.
Sintomas
A Despersonalização surge como uma desordem dissociativa: As
características essenciais do Transtorno de Despersonalização consistem de
episódios persistentes ou recorrentes de despersonalização, caracterizados por
um sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio. O indivíduo
pode sentir-se como um autômato ou como se estivesse em um sonho ou em
um filme.
Pode haver uma sensação de ser um observador externo dos próprios processos
mentais, do próprio corpo ou de partes do próprio corpo. Vários tipos de
anestesia sensorial, falta de resposta afetiva e uma sensação de não ter o
controle das próprias ações, incluindo a fala, frequentemente estão presentes.
O indivíduo com Transtorno de Despersonalização mantém um teste de realidade
intacto (por ex., consciência de que isto é apenas uma sensação e de não ser
realmente um autômato).
A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer este diagnóstico
apenas se os sintomas forem suficientemente severos para causar sofrimento
acentuado ou prejuízo no funcionamento. Uma vez que a despersonalização é uma
característica comumente associada a muitos outros transtornos mentais, um
diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não é feito se a
experiência ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental
(por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Agudo ou
outro Transtorno Dissociativo). Além disso, a perturbação não se deve aos
efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica
geral.
Esta característica importante da despersonalização é que a pessoa tem total
noção de que os seus sintomas não são normais e de que algo está errado
consigo. O indivíduo pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma
dos objetos (macropsia ou micropsia), pode apresentar fotossensibilidade
(sentir-se ofuscado e incomodado por luz) e as pessoas podem parecer
estranhas ou mecânicas. Outras características associadas incluem sintomas de
ansiedade, sintomas depressivos e uma perturbação do sentido de tempo.
A pessoa sente-se desapegada dos seus amigos e familiares, começa a sentir o
mundo de uma forma diferente e irreal, bem como um grande vazio no seu íntimo,
como se a sua personalidade se lhe tivesse sido "roubada" (daí o nome
de despersonalização, da ruptura da personalidade), o que a leva a isolar-se.
Num período inicial, desorganizado da doença, instauram-se, por vezes,
sintomas depressivos perante a grande mudança que se operou na forma
da pessoa perceber o mundo, os outros e a si própria. Em conjunto com sintomas
depressivos, muitas vezes, o paciente fica obcecado em busca de uma causa para
todos estes sintomas.
Muitas vezes, são os pacientes que realizam o seu próprio diagnóstico. Isto é
natural, visto o pouco conhecimento que os clínicos têm sobre
esta patologia, bem como a dificuldade que os indivíduos possuem em
explicar os seus sintomas. A forma como uma pessoa percebe e sente a realidade,
o seu "eu" e a relação com os outros é algo tão sutil e vago que, por
vezes, apenas metáforas e analogias podem explicar estes sintomas.
A despersonalização é a alteração da sensação a respeito de si próprio,
enquanto a desrealização é a alteração da sensação de realidade do mundo
exterior sendo preservada a sensação a respeito de si mesmo. Contudo ambas
podem acontecer simultaneamente. A classificação norte-americana não distingue
mais a desrealização da despersonalização, encarando-as como o mesmo problema.
Contrariamente ao que o nome pode sugerir, a despersonalização não trata de um
distúrbio de perda da personalidade: este problema inclusive não tem nenhuma
relação com qualquer aspecto da personalidade normal ou patológica.
O aspecto central da despersonalização é a sensação de estar desligado do mundo
como se, na verdade, estivesse sonhando. O indivíduo que experimenta a
despersonalização tem a impressão de estar num mundo fictício, irreal, mas a
convicção da realidade não se altera. A desrealização é uma sensação e não uma
alteração do pensamento como acontece nas psicoses onde o indivíduo não
diferencia realidade da "fantasia". Na despersonalização o indivíduo
tem preservado o senso de realidade apesar de ter uma sensação de que o que
está vendo não é real. É comum a sensação de ser o observador de si próprio e
até sentir o movimento de saída de dentro do próprio corpo de onde se
observa a si mesmo de um lugar de fora do próprio corpo.
A ocorrência eventual das sensações de despersonalização ou desrealização é
comum. Algumas estatísticas demonstram que aproximadamente 70% da população em
geral já experimentou alguma vez esses sintomas, não podendo constituir um
transtorno enquanto ocorrência esporádica. Porém se acontece continuamente ou
com frequência proporcionando significativo sofrimento, passa a ser considerado
um transtorno. A severidade pode chegar a um nível de intensidade tal que o paciente
deseja morrer a continuar vivendo.
O diagnóstico desse transtorno dissociativo só pode ser feito se outros
transtornos foram descartados como as síndromes psicóticas, estados de
depressão ou ansiedade, especialmente o pânico. Nessas situações as despersonalizações
e desrealizações são comuns e constituindo-se num sintoma,
não num transtorno à parte.
Outros estudos têm apontado para uma hiperativação da região interna
do córtex pré-frontal e de uma hipoativação
do sistema límbico, nomeadamente das amígdalas. Enquanto que a
primeira estrutura é responsável pelo controle das emoções, inibindo a segunda,
quando ativada, o sistema límbico é fundamental para as emoções e na
coordenação destas com as percepções. Quando o quadro descrito se observa,
verifica-se uma inibição emocional que leva aos estados de apatia sentidos
pelos pacientes. De fato, o sentimento de irrealidade pode ser explicado pela
falta de cor emocional que as percepções dos pacientes revelam. Deste modo,
recebem-se impulsos de natureza visual, auditiva, entre outros, mas, no seu
processamento, não se ativa o sistema límbico, fundamental para lhes conferir
significância afetiva. Deste modo, tudo surge igual e sem emoções interligadas
para os despersonalizados.
Pode-se, então explicar o seu distanciamento à realidade, visto que não lhe
providencia sentimentos. De certa forma, é a ausência de emoções que altera as
percepções físicas.
Os pacientes conseguem indicar a significância ou a emoção que normalmente
teriam em relação a certa pessoa ou a certo objeto, contudo não conseguem
senti-los, devido à inibição observada. Esta discordância entre o que se espera
sentir e o que se sente provoca grande sofrimento nas pessoas
despersonalizadas. Ao contrário de outras patologias, as pessoas têm plena noção
do que deveriam sentir e do que não sentem.
A Despersonalização e Desrealização são sintomas que podem surgir associados ao
pânico/ansiedade/medo e pertencem a um grupo de sensações/sentimentos
conhecidos por Dissociação.
Existe uma escala que avalia o grau de dissociação que varia numa pontuação
entre 0 e 10. Por exemplo algumas das pessoas com perturbação de pânico obtêm
nesta escala valores entre 4 e 5. Muitas pessoas com ataques de pânico afirmam
que os ataques começam com a experiência de despersonalização e/ou
desrealização.
Sensações dissociativas:
-sensibilidade à luz e ao som.
- visão em túnel.
- sensação de que o corpo aumentou, sentido-o maior que o normal.
- sentir que o corpo diminuiu a proporções mínimas.
- objetos parados parecem mexer-se.
- estar dirigindo o carro e notar que não se lembra de uma parte ou da
totalidade da viagem.
- estar ouvindo alguém falar e aperceber de que não ouviu nada ou partes do que
a outra pessoa disse.
- por vezes “ficar a olhar para o espaço” e não ter a noção de que o tempo
passou.
Atenção: muitas destas sensações dissociativas são normais. Elas só constituem
problema quando influenciam a vida da pessoa causando desconforto e/ou
problemas emocionais/psicológicos.
As pessoas que sentem despersonalização/desrealização sentem-se divorciadas
tanto do mundo como do seu próprio corpo. Geralmente as pessoas alegam sentir
“que a vida é vivida como se tivessem num sonho”. As coisas parecem irreais,
desfocadas e há quem diga que se sente separado do seu próprio corpo. Outra
característica desta condição poderá incluir pensamentos “estranhos” ou uma
constante preocupação das quais as pessoas acham difícil “desligar”.
O autor Paul David descreve: “É como se as pessoas por mais que tentem, sentem
que não conseguem lidar bem com o mundo à sua volta. Sentem-se distanciadas
daquilo que as rodeia, sendo difícil falarem e ligarem-se a outras pessoas.
Podem sentir que já não nutrem sentimentos por outras pessoas que lhes são
próximas. A pessoa parece que já não se sente como normal e isso pode custar
muito a quem passa por essa experiência.
A despersonalização é em muitos casos um subproduto da ANSIEDADE, uma vez que
as pessoas engrenam por um caminho de preocupações, medos, receios e constante
vigília sobre aquilo que pensam, sentem ou fazem. Há uma grande auto
conscientização das coisas, fazendo assim com que a pessoa se sinta absorta aos
seus próprios processos internos. É extremamente frequente as pessoas sentirem
medo de poderem ficar loucas, perder o controle, mas não - não vão ficar loucas
ou perder o controle. Este estado surge por estar constantemente preocupados em
relação aos seus problemas.
A
despersonalização/desrealização não faz mal por si só, não é perigosa nem
constitui uma perturbação grave. É natural que as pessoas poderão ser mais ou
menos afetadas, consoante o tipo de situação, ansiedade e contexto em que se
inserem, mas com paciência e compreensão esta sintomatologia passa.
A despersonalização ocorre com a ansiedade porque você está tão habituado a
observar-se a si mesmo, a questionar o que tem, dia sim-dia assim que começa a
sentir-se afastado do mundo exterior. A sua mente tornou-se mais “cansada” e
menos resiliente (facilidade para ultrapassar obstáculos, resistência emocional
e psicológica), pois aquilo que faz é observar e preocupar-se com todos os seus
sintomas. É como se a mente tivesse sido bombardeada com pensamentos de
preocupação e acaba tornando-se fatigada.
Quando a mente se cansa psicologicamente e emocionalmente sentimos estes
estranhos sentimentos de distanciamento do mundo à nossa volta e de nós mesmos,
experimentando um estado de pseudo sonho. É aí que podemos começar a
convencer-nos de que estamos a piorar, a ficar loucos, que estamos a perder o
controlo. Mas não estamos a enlouquecer, a nossa mente é que está tão cansada
que nos pede uma pausa, um descanso de toda esta introspecção, análise interna
e absorção.
Quando as pessoas dão por elas no ciclo da preocupação/ruminação começam a
pensar profundamente e constantemente, é um ciclo. Estudam-se em profundidade,
verificando, observando e concentrando-se nos seus sintomas. Até podem acordar
de manhã apenas para continuar este hábito “Como é que eu me sinto hoje de
manhã?” “Será que consigo sentir-me bem durante o dia?” “Que nova sensação é
esta que eu sinto?” Isto pode durar todo o dia, provocando assim um cansaço
adicional ao que já existe na nossa mente. Esta constante verificação e
observação dos seus sintomas torna-se então um hábito, mas tal como todos os
outros hábitos, este também pode ser mudado.
Ruminação, preocupação, receios; ficamos tão preocupados acerca do modo como
nos sentimos que não pensamos em mais nada. É de espantar que se sinta tão
distanciado e afastado daquilo que o rodeia? É de espantar que não se consiga
concentrar?
Algumas pessoas quando estudam para os exames durante horas a fio, chegam ao
ponto em que já não conseguem assimilar informação. Por isso, fazem uma pausa e
continuam no dia seguinte.
O que muitas pessoas não sabem é que a despersonalização pode ocorrer em
pessoas sem ansiedade ou questões de pânico. Pode acontecer quando alguém
perdeu uma pessoa que ama, quando se tem um acidente de aviação, ou um choque
emocional de qualquer tipo recente. É um mecanismo de defesa, é como se fosse o
modo que o corpo encontra para nos proteger de toda a preocupação ou mágoa que
possamos estar a sentir. Isto normalmente é temporário e quando a pessoa que
está em luto ultrapassa alguma da sua mágoa, a despersonalização diminui e/ou
desaparece.
O problema com a ansiedade é que as pessoas que sofrem dela têm uma tendência
para se preocupar e a despersonalização surge como proteção a todo este
estresse e preocupação diária. As pessoas podem então sentir-se distanciadas,
distantes, vazias, sem emoções. O que acontece nessa altura é que as pessoas
começam a preocupar-se e a obcecar sobre este novo sentimento, pensando que é
algo sério e grave, ou que poderão enlouquecer. Até poderão mesmo “esquecer” a
sua ansiedade e focarem-se apenas neste novo sentimento o que poderá fazer com
que estes sentimentos e sensações aumentem.
A desrealização cresce à medida que entramos no ciclo de preocupação e medo e
por isso o nosso corpo protege-nos destes sentimentos cada vez mais, fazendo –
nos sentir mais distanciado. É esta preocupação e medo sobre estas
sensações e sentimentos que nos mantêm no ciclo.
A maneira de ultrapassar a despersonalização não é preocupar-se ou obcecar
acerca dela, mas dando-lhe o espaço necessário e não se sentir tão “dominado”
ou “arrebatado” por ela. Ver a despersonalização como um mecanismo que o corpo
encontra para nos proteger e não como um sinal de que algo terrível irá
acontecer ou que poderá enlouquecer.
Este sintoma é como qualquer outro e quanto mais se preocupa ou obceca acerca
dele maior o problema se poderá tornar e mais tempo poderá manter-se no ciclo.
É interessante reparar que, apesar dos sintomas de despersonalização e
desrealização serem conhecidos como dois dos sintomas mais comuns dos ataques
de pânico, a capacidade para dissociar não é mencionada na literatura relativa
à perturbação de pânico. Nem é mencionado que, muitas pessoas dissociam
primeiro, e experimentam um ataque de pânico depois, como uma reação à
dissociação.
Houve alguma especulação entre psiquiatras que trabalhavam na área da
dissociação – de que as pessoas com perturbação de pânico de fato dissociam
primeiro e têm pânico em seguida, mas não há pesquisa substancial nesta área.
Profissionais da saúde mental australianos que trabalham com clientes com
ansiedade reportaram ser esta uma das causas da reação de pânico para muita
gente – os sintomas dissociativos.
As pessoas que dissociam têm esta tendência desde a infância, muito embora
muitas dessas pessoas se tenham esquecido que tinham essa capacidade em
crianças. Esta tendência pode ser de novo ativada mais tarde na vida como
resultado de um evento de estresse e/ou não comer/dormir apropriadamente.
Muitas pesquisas indicam que estes estados podem ser induzidos numa
fração de segundo. A maioria de nós que tem ataques de pânico não está ciente
do modo como o fazemos tão facilmente e consequentemente entramos em pânico
cada vez que entramos num estado de consciência alterado. A nossa experiência
também demonstra que as pessoas podem experimentar uma sensação de “choque
elétrico” ou um “calor dormente” nestes estados alterados. Isto também aumenta
o medo e pânico de que podemos estar “morrendo” ou a “ficando
loucos.”
Uma outra experiência demonstra que as pessoas podem ter sensações de tonturas
como resultado da desrealização. A pesquisa demonstra que não é tanto a
desrealização que causa as tonturas, mas sim a magnitude na mudança de
estado de consciência que pode causar sentimentos e sensações de tonturas.
Muitas pessoas que tem despersonalização e desrealização podem acordar a meio
da noite, com um ataque de pânico noturno.
A pesquisa indica que estes ataques ocorrem na mudança de consciência, ao
entrar no sono, ao fazer a mudança entre os diferentes estágios do sono (do
sono leve para o profundo, do profundo para o leve). A mudança de consciência durante
o sono é semelhante à mudança de consciência que as pessoas conseguem ter
quando dissociam durante o dia.
Agravantes
Fatores agravantes e fatores atenuantes
Consumo de drogas (São
um gatilho para esta patologia, parece óbvio que o seu consumo poderá
agravá-la);
Cafeína
Nicotina
Multidões e locais com
muitos estímulos, por exemplo a rua (parece que numa pessoa com
despersonalização, os seus sintomas se agravam quando tem de processar muitos
estímulos, o que não significa que deva evitar contactos sociais, pelo
contrário.)
Insônias
Dormir demais (parece
que os ciclos de sono estão bastante relacionados com a síndrome de
despersonalização. Poderá parecer paradoxal, mas existe uma menor sensação de
despersonalização durante o sono, talvez devido a um adormecimento do córtex
pré-frontal);
Lembrar-se de sua
condição de despersonalizado;
Demasiada introspecção;
Isolamento
Stress
Exercício físico (Leve e
moderado, pois o intenso parece agravar os sintomas);
Estimulação física -
beliscar-se, etc - (não incluir automutilação que pode aliviar inicialmente,
para logo depois agravar severamente o estado despersonalizado);
Relações sociais;
Olhar-se no espelho
(convence a pessoa de que ela existe).
O próprio sexo, o
contato com outra pessoa (corpo a corpo), ajuda no esquecimento da
despersonalização.
Relaxar um bom periodo
de tempo.
Não existe qualquer terapia que se tenha revelado significativa no tratamento
da despersonalização, mostrando-se uma desordem bastante resistente a
tratamentos. Muitos clínicos parecem apostar na utilização de SSRI ou
na psicoterapia, sendo que os maiores resultados se têm obtido com a
última opção. Contudo, as respostas aos tratamentos parecem variar bastante de
paciente para paciente.
A sensação de despersonalização desaparece, frequentemente, com o tratamento.
Este só se justifica se a situação persistir, reaparecer ou causar sofrimento.
Demonstraram-se eficazes a psicoterapia psicodinâmica, a terapia comportamental
e a hipnose, mas não existe um tipo único de tratamento que seja eficaz para
todas as pessoas com uma perturbação de despersonalização. Os tranquilizantes e
os antidepressivos podem ajudar algumas pessoas.
A despersonalização associa-se, frequentemente, a outras perturbações mentais
que necessitarão de ser tratadas ou é desencadeada por elas. Deve ter-se em
conta qualquer tipo de stress relacionado com o início (instalação) da
perturbação de despersonalização.
De um modo geral, consegue-se algum grau de alívio. A recuperação completa é
possível para muitas pessoas, especialmente para aquelas cujos sintomas ocorrem
em ligação com qualquer stress identificado durante o tratamento.
Alguém sofrendo de despersonalização severa pode ser especialmente suscetível
ao suicídio, realizando o processo de forma calma e tranquila, sem ter
real consciência do que faz. Se o problema relacionado com a despersonalização
for tratado, a despersonalização severa - assim como em qualquer outro dos seus
graus - pode ter seus sintomas reduzidos e até mesmo anulados.
Bibliografia
· Wikipédia, a
enciclopédia livre.